Investir para não punir. A construção dos grandes centros urbanos no Brasil, foi baseada no esquecimento e marginalização dos mais pobres. Esse sistema desigual e segregacionista, que permanece até hoje, trouxe uma das piores consequências à sociedade brasileira: a violência urbana atrelada à falência do sistema punitivo. Primeiramente, deve-se notar a falta de investimentos em setores básicos como educação e cultura. Essa negligência leva a uma defasagem na formação profissional do indivíduo, que sem acesso aos níveis técnicos e superior, sofre com uma vida precária e de renda salarial baixíssima. Esse cenário estimula roubos e assaltos, aumentando o estado de violência na sociedade. Outro problema, é o fracasso do Estado na repressão aos crimes. A polícia militar do Brasil, que sofre com salários baixos e constantes perseguições de criminosos, acaba agindo de forma agressiva e truculenta e muitas vezes já desgastada se corrompe por não ver outra saída. Nota-se também que as penitenciárias que não isolam e nem reabilitam e sim, sob superlotações e condições precárias, humilham o interno e aumentam sua aversão a civilidade. Fica claro, portanto que medidas reparatórias devem ser tomadas com urgência. O Estado, junto com ONGs, deve investir na educação e na ampliação de seu acesso nas comunidades mais distantes e carentes. A reforma do sistema punitivo também precisa ser feita por meio de melhores treinamentos e salários aos policiais. A partir desses ajustes, poderemos obter uma sociedade mais segura e inclusiva.