Título da redação:

"Homem lobo do homem"

Tema de redação: A violência urbana e a falência do sistema público de segurança no Brasil

Redação enviada em 25/10/2016

Homem lobo do homem A crescente violência urbana no Brasil estabelece uma relação direta com a falência do sistema público de segurança. A teoria proposta pelo filósofo Thomas Hobbes, de que o homem sem controle torna-se lobo do próprio homem, ganha força frente à incapacidade do Estado brasileiro de combater a violência. Um primeiro ponto que merece ser destacado ao se tratar de violência urbana no Brasil é o avanço das drogas. Essas, são responsáveis por grande parte dessa violência, visto que, os crimes concernentes ao tráfico possuem notada inter-relação, desde roubos para manter o vício até assassinatos por dívidas relacionadas ao tráfico. “Homem lobo do homem.” Além disso, não é raro denúncias na mídia jornalística de casos de traficantes que comandam crimes de dentro dos presídios. No que tange aos problemas do sistema público de segurança, observa-se que o sistema penitenciário brasileiro não é capaz de ressocializar aqueles que entram em conflito com a lei. Com efeito, a reinserção desses no convívio social é dificultada por não haver uma qualificação profissional frente às demandas do mercado de trabalho. Tal situação propicia a reincidência e a volta ao mundo da criminalidade. Outro ponto a destacar é a fragilidade das leis que facilita a impunidade e, por consequência, os infratores pouco temem cometer crimes. Dado isso, é necessário preponderantemente o combate ao tráfico de drogas. Para tanto, os poderes públicos devem fazer o uso da mídia de forma mais veemente, através de inserções de propagandas no horário nobre, no rádio e televisão, para conscientizar,principalmente os mais jovens, sobre os efeitos das drogas e a cadeia de crimes concernentes ao tráfico. Também é válido propor ao poder legislativo federal a reformulação das leis para punir de forma mais enérgica os que cometem crimes. É necessária também a reestruturação do sistema prisional brasileiro para oferecer cursos os quais capacitem aqueles que deverão ser reinseridos no mercado de trabalho e sejam socialmente aceitos. Assim o Estado agirá como moderador e o homem não mais será o lobo do próprio homem.