Durante o ano de 2014, o grupo terrorista Estado Islâmico divulgou- com o intuito de intimidar seus opositores- uma série de vídeos perturbadores contendo cenas de mortes, os quais foram amplamente compartilhados em redes sociais. Tal conformidade revela o nível de descaso com a vida humana, que se demonstra desde a juventude, e que implica na falta de sensibilidade nas ações públicas de segurança no Brasil. É preciso discutir, primeiramente, as inúmeras falhas educacionais na sociedade brasileira. Uma vez que a escola tem como propósito construir um pensamento crítico e ético no cidadão, o consentimento com atitudes cruéis e violentas vai contra todos os valores que deveriam ser disseminados nas instituições de ensino. O teórico Sigmund Freud destacou esse fato ao declarar a importância de se estabelecer limites e diretrizes aos entes de uma comunidade. Devido a essas lacunas, as entidades governamentais externam condutas desumanas. Em virtude do desdém ao se propagar todas as bases morais, o funcionamento público assume posturas em desacordo com os direitos humanos. Por isso, são de amplo conhecimento os casos de maus tratos à moradores, a má remuneração de policiais e militares, a fragilidade das obsoletas leis e o pouco suporte à vítimas de crimes. Faz-se, portanto, necessária uma reformulação dos princípios legais e éticos visando a dignidade do homem. Para isso, o Ministério da Educação precisa revisar os Parâmetros Curriculares Nacionais afim de inserir cargas mínimas semanais de estudos sociológicos para, dessa maneira, instruir os jovens quanto a modelos comportamentais. Da mesma forma, cabe ao Poder Executivo cuidar de seus funcionários por meio de valorização salarial, atendimento psicológico e renovação de normas legislativas relacionadas ao tratamento de pessoal e conduta.