Segundo as pesquisas da revista Exame, o Brasil se encontra entre os vinte cinco países mais violentos do mundo. Advindo de um histórico sociocultural, a violência é onipresente na vida dos brasileiros, seja ela física, moral, psicológica ou até mesmo social. A população brasileira contemporânea vive um estado de violência, que se caracteriza pela constante sensação de insegurança, que por muitas vezes incita o ato de violência, e vice-versa, formando um ciclo vicioso que deve ser combatido. Em primeiro lugar, é importante destacar que, o grande índice de violência no país não é consequência somente do histórico sociocultural, mas advém também do falho sistema educacional e carcerário. O que torna o cenário ainda mais preocupante, haja vista que o Estado não é capaz de evitar a submissão dos jovens ao crime, tampouco promover a sócio educação destes para que sejam reabilitados e tenham condições de viver em sociedade. “Se a educação não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”, essa frase proferida pelo educador, pedagogista e filósofo brasileiro Paulo Freire, revela o papel fundamental da educação ante a sociedade. Não se trata apenas da educação vinda da escola, mas também a promovida pela própria sociedade e sua cultura. Não é raro ver filmes, clipes musicais, músicas que tratam de como é fácil a ascensão social quando você rouba. Ademais, os pais têm também o seu papel, afinal, a educação que vem de casa por muitas vezes é a mais importante. Fica claro, portanto, que são diversos os fatores que levam ao aumento da violência, e estes devem ser admitidos e combatidos. Primeiramente, o Estado deve melhorar o sistema de sócio educação dos presidiários — não basta deixá-los privados de seu direito de locomoção —, através de consultas psicológicas periódicas enquanto presos, e durante um certo período após serem livres. Cabe também às ONG's, junto à ajuda econômica do Governo, criar projetos sociais e educacionais para promover a retirada das crianças e jovens das ruas, pois é la onde tudo começa, sobretudo em áreas pobres e periféricas. Apenas assim os brasileiros deixarão o estado de violência, e permanecerão em estado de segurança.