O sistema prisional surge como uma medida corretiva, onde os indivíduos que infligirem a lei serão punidos com a perda de suas liberdades. No Brasil, a punição continua sendo aplicada de forma desumana, causando, muitas vezes, revolta nos encarcerados. Entretanto, os métodos corretivos para a reinserção destes indivíduos são deixados de lado, colocando a sociedade, novamente, em um “estado de medo”. Celas superlotadas. Presídios deteriorados. Alimentação precária. Estas são as circunstâncias em que vivem os encarcerados hoje, no Brasil. Esta situação não só chocam os indivíduos que estão submetidos, como também a sociedade civil. O Estado, entretanto, parece não fazer nada para mudar esta situação, uma vez que detém de dados que comprovam essa realidade, mostrando que o número de presidiários é o dobro do número de vagas, mas acaba fechando os olhos. Com isso, um indivíduo que acaba nesta situação, volta a sociedade muitas vezes pior do que entrou após sofrer influência das facções criminosas que são formadas aos olhos dos policiais. Em 2017, Alcaçuz, o maior presídio do Rio Grande do Norte sofreu uma onda de revoltas entre grupos que se formam dentro dele, gerando o descontrole pela polícia e o domínio dos detidos. Isso ocorre, dentre outros motivos, pela facilidade do tráfico de armas dentro dos presídios, que acabam empoderando-os, subjugando as autoridades legais, que deveriam manter o controle. A sociedade, por sua vez, se vê coagida, pois na maioria das situações, estes movimentos eclodem para as ruas, impedindo o seu direito de ir e vir, que é defendido pela constituição. Fica claro, portanto, a necessidade de que medidas rápidas sejam tomadas para reverter esta situação de descaso com o sistema penitenciário brasileiro. Como já disse Pitágoras, é preciso educar os jovens para não precisar punir os adultos. Com isso, a educação se torna indispensável neste processo de ressocialização, uma vez que qualificando estes indivíduos com cursos técnicos, terão que se ocupar com o emprego, afastando-os do crime. O Estado por sua vez, ampliaria a rede carcerária do país, diminuindo o inchaço nos presídios para que assim, possa ter novamente o controle. Só assim, é possível reinserir indivíduos na sociedade que possam seguir novamente os caminhos da lei.