A violência sempre foi um fator que ditou o cotidiano do cidadão brasileiro. A busca para se tornar invisível aos olhos dos criminosos, escancara o descaso do poder público para com a segurança. Um dos exemplos dessa desvalorização com um setor tão importante para o bem-estar comum, é encontrado na capital fluminense. Cidade sede das Olímpiadas, moradores do Rio de Janeiro observam seus policiais e bombeiros com salários atrasados, e até mesmo com condições precárias de trabalho, como a falta de gasolina nas viaturas. Problemas esses que motivaram protestos nos aeroportos cariocas, alertando turistas sobre o estado de “Terra Arrasada” em que se encontra a segurança pública local. Não se limitando apenas a condição de vítima, alguns oficiais da lei assumem também a carapuça de carrasco. Na capital paulista, casos recentes de violência policial reacenderam o debate de como deve ser o modo certo de abordagem, para que se diminua o número de vítimas. Precauções essas que não foram tomadas, e resultaram na morte de uma criança, que fugia em um carro roubado. Em tempos onde a violência é banalizada, e mediante a corrupção endêmica que impede a solução do problema por parte do Estado, soluções extremas acabam voltando a pauta. A pena de morte e a redução da maioridade penal, fazem com que o machucado seja estancado, mas não ineficientes quando a necessidade é a total cicatrização. Um melhor investimento nas várias divisões policiais, municipais a federais, como uma maior capacitação e reajuste salarial, concederia a uma profissão de vital importância o seu devido reconhecimento. Porém, caso a educação não seja priorizada, a base da pirâmide será corrompida, e todo o resto será comprometido.