Em estudos divulgados pela ONU, 11 das 30 cidades mais violentas do mundo se encontram no Brasil. A falta de segurança pública nas cidades é um fator que aumenta ainda mais as estatísticas de violência. Além disso, quem pratica determinado ato ilícito é beneficiado pelas leis que mais favorecem o criminoso do que o cidadão de bem. Dessa forma, o policiamento ineficiente seguido da lei de impunidade contribui para o Brasil estar no grupo dos países mais violentos do mundo. É indubitável que a falta de policiamento eficaz é um problema no Brasil. De acordo com o IBGE, em um período de 12 meses, a violência nas cidades brasileiras mata o dobro do número de soldados americanos mortos em 10 anos da Guerra do Vietnã. Com base nessa informação, pode-se dizer que o Brasil está em guerra, mas ninguém quer declarar abertamente este fato. Esse contexto torna-se evidente em virtude do policiamento ineficiente, sendo esse, o principal responsável pela segurança pública. Desse modo, é notório a importância de um debate qualificado para com a população, a fim de encontrarmos soluções para um problema tão crucial que é a nossa segurança. Ademais, outro problema que impulsiona a violência no Brasil é a lei da impunidade. Com ela, os pequenos delitos não resultam em prisão e os crimes hediondos ficam impunes graças às brechas das leis que beneficiam os criminosos. Nesse contexto, temos como exemplo o adolescente que matou a namorada pretextando ciúmes. Faltava um dia para completar 18 anos, e quando preso, foi julgado e logo posto em liberdade pela lei de impunidade. Com isso, o propósito da prisão não deve ser apenas uma punição, mas também a prevenção e tranquilidade social, pois se o criminoso permanecer em liberdade durante o inquérito policial, poderá continuar a praticar os crimes. Portanto, a fim de atenuar o problema, é necessário reforço no policiamento das cidades, assim, por meio de treinamentos devem ser selecionados os mais capacitados para nos fornecer maior segurança. Outrossim, as Leis que abrangem o sistema carcerário precisam ser modificadas e as já existentes devem ser tratadas com mais rigor para que o infrator não seja impune e o trabalho policial não seja em vão. Somente assim a ideia de que “o crime não compensa” será incorporada, de fato, à cultura do nosso país.