Não deixa de causar estranheza, para todo nós que vivemos no século XXI, num mundo marcado por grandes avanços na área social, ter no Brasil, país em desenvolvimento, o aumento da violência urbana e falência do sistema público de segurança - questão que está piorando ao longo dos anos. Hoje não temos mais como ignorá -la. De acordo com as ciências sociais, a paz é fruto da justiça social, e enquanto perdurarem as desigualdades a violência irá crescer sempre mais. No Brasil a desigualdade social está absurdamente relacionada a atos violentos, causando vergonha internacional à nação. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), comprovam ligação direta entre a exclusão social e a falência do sistema público de segurança. Com tudo, fica claro, que o aumento da criminalidade e a falência do sistema público de segurança é uma questão sociopolitica, pois envolve a todos, é quando não se asseguram os direitos básicos de cada cidadão a paz se torná ilusória. Há de se falar também, que a violência tem uma das principais origens no consumo de droga, pois o dependente químico para conseguir o objeto do vício, precisa de dinheiro e quando não tem recursos acaba por praticar roubos, com eventos progressivos de transgressão contra a família, os amigos e até contra si mesmo. Diante do aumento dessa situação, percebe-se uma relação matemática inversamente proporcional entre a criminalidade e o sistema de segurança público, em que quando esse falha, o crime acaba se organizando, destruindo a sociedade e ao mesmo tempo em que mantém os usuários, recruta os criminosos do futuro. Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, promover a inclusão social e combater o mercado ilícito de entorpecentes. Uma medida a se tomar pelo governo Federal, através do Ministério da Fazenda, seria a redução dos impostos das empresas que empregarem candidatos que se encaixem em situações de risco, suscetíveis a enveredar-se para criminalidade, a escolha do funcionário seria feita com o auxílio da assistência social de cada bairro. Outra medida seria instituir uma disciplina obrigatória, através da lei de diretrizes e bases da educação nacional, voltada à prevenção de drogas e ao estímulo de vida saudável, pois a educação, de acordo com Max Weber é ferramenta de coesão social.