A estrutura de segurança nacional é assunto que mora, direta ou indiretamente, na conversa de todo cidadão. Desde a instalação de uma constante de violência em todo o país, até o como se equilibram as prisões, a população vive numa rotina de tempos de guerra. O Brasil vive uma violência que de histórica passou a ser cultural. Após colonização, escravidão, ditaduras e mais imperialismo, o brasileiro aprendeu pelo exemplo que tudo se consegue a força. O resultado, como vemos hoje, é uma violência deliberada e sem previsão de término. Ainda, somo um país de enorme extensão territorial, algo que o Estado não conseguiu gerir em termos de segurança. E além de tudo, sofremos de uma corrupção sistêmica, que faz da tarefa de acabar com a violência urbana a mesma de destruir uma hierarquia econômica e politica, quadruplicando o nível de dificuldade. Os reflexos do descontrole nas politicas de segurança são vistos no sistema carcerário. Primeiramente por sua superlotação, caracterizando a nenhuma importância dada ao preso como parte ainda integrante da sociedade. E ainda pelo quadro de privatizações dos presídios, que afeta diretamente a vida tanto do condenado como a dos carcereiros. Vemos também a falha no projeto de ressocialização dos presos, levando-se em conta os níveis de reincidência e a perspectiva de vida daqueles que recém saíram da prisão. Essas situações conexas nos permitem perceber que a violência do lucro e por esse aspecto maior a pressão em manter a realidade como está. Portanto, existem medidas pontuais que devem ser tomadas. As escolas junto às famílias precisam se dedicar a uma educação ética, baseada na convivência comum e que corrija as pequenas corrupções, educar para não punir. E o governo deve implantar um programa que envolva empresas de variados ramos empregando de ex-presos. Essas resoluções são paliativas, ao passo que à uma revitalização da segurança depende-se de respostas interligadas que contam com toda a estrutura criminosa, de ponta a ponta.