O Brasil mesmo sendo classificada como a sétima economia mundial, com um grande poder de competitividade, segundo o fórum econômico mundial, e com pretensões de torna-se a quarta economia mundial por volta de 2050, não obter êxito no quesito da violência letal que afeta a população, sobretudo a mais carente, negra e de gênero masculino em sua predominância. A política de combate a violência letal nunca foi discutida e tratada com a devida seriedade pelos governos que administraram o país. Como essa área não envolve um retorno político-midiático, a segurança pública tem sido deixada de lado e, com isso, tem trazido sérias consequências sociais irreparáveis. Segundo o atlas da violência, fornecido pelo Instituto de Pesquisa econômica Aplicada – IPEA foram mortas cerca de 59.680 pessoas assassinadas e fazendo uma análise sobre o número citado, os maiores percentuais dessas mortes estão ligados a região nordeste e norte do país. Regiões que já trazem no seu histórico a marca do atraso social e econômico, o que por certo influencia diretamente no aumento desses resultados. Por outro lado, a faixa etária também é englobada no campo estatístico. A idade de 15 a 29 é a mais afetada com a letalidade, uma vez que nessas regiões o número de desempregados e baixa escolaridade afeta diretamente esta faixa de idade. Outro fator é o gênero masculino e negro, dois aspectos marcantes deste retrato das vítimas que caracteriza não só o fator humanitário, mas econômico-social, pois também está diretamente, ligada ao processo de produtividade e desenvolvimento do país. Para tanto, a análise dos dados leva-se a crer que faltam sérias políticas públicas que garantam a condição de cidadão, fazendo-as resgatar da conjuntura perversa, a condição de pessoa integrada a sociedade.