No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas, em alguns casos esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas. Em razão do acelerado processo de êxodo rural, as grandes cidades brasileiras absorveram um número elevado de pessoas, que não foi acompanhado pela infraestrutura urbana , fato que desencadeou uma série de problemas sociais graves. As estatísticas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que a polícia brasileira é a que mais mata, chegando a matar 6 pessoas por dia no período de 2009 a 2013, chegando ao número total de 11.197 mortes. Em paralelo a isso, os números dos índices de violência aumentaram o que mostra que apenas o escalamento da força policial não resolve a situação da violência urbana. Nesse sentido, a violência urbana está estreitamente ligada ao enfraquecimento do Estado, que não consegue assegurar uma condição de vida digna. Esse fato é particularmente sentido pelas pessoas em condições de pobreza, que se veem desamparadas em suas necessidades básicas, sem ter a quem recorrer e sem nenhum meio de reparação para sua situação. Neste caso, a exclusão social pode ser claramente percebida como fator contribuinte. Entretanto, esse é um problema que está enraizado desde o próprio processo histórico brasileiro, desde os primórdios da colonização. Milhares de índios foram exterminados, culturas dizimadas, outros aborígenes escravizados, ao lado dos negros trazidos da África. Esse contexto foi, ao longo do tempo, agravando-se ainda mais.E atualmente a violência urbana tem ocasionado a morte de milhares de jovens no país, é o principal fator de mortandade dessa faixa etária. A criminalidade não é exclusiva dos grandes centros urbanos do país, mas o seu crescimento é largamente maior do que em cidades menores. São nas grandes cidades brasileiras que se concentram os principais problemas sociais, como desemprego, desprovimento de serviços públicos assistenciais como postos de saúde, hospitais, escolas, além da ineficiência da segurança. Portanto, torna-se urgente uma profunda reforma político-social, aliada a um resgate intenso dos valores esquecidos, perdidos pelo caminho, fazendo com que as leis sejam mais rigorosas. Esta ação depende do Estado, que também precisa melhorar os investimentos na segurança, aumentando o número de policiamento e na fiscalização dos presídios, pois alguns detentos conseguem comandar a criminalidade externa.Todavia, é fundamental que esses profissionais tenham um melhor treinamento, além de que a sociedade contribua, ajudando na identificação dos infratores.