Sincretismo cultural “O homem é o reflexo do mundo”, mesmo que de autoria renascentista a colocação de Leonardo da Vinci ainda se faz pertinente. Nos tempos hodiernos a busca por uma identidade faz com que a população brasileira se questione acerca de sua bagagem cultural que desde as primeiras tentativas românticas, pela sua explicação, se caracteriza por uma miscigenação ímpar. Gonçalves Dias, romancista indianista e incomparável ufano, em seu inconfundível poema “Canção do Exílio” vai muito além do plano patriotista, atingindo uma vertente particular, a singularidade brasileira ante o restante do globo. “Minha terra tem primores, que tais não encontro eu cá[...]’’ remete a uma das quais hoje se tornaria a principal característica canária, o distanciamento de qualquer generalização estereotipada do que se entende como sendo identidade nacional. Caboclos, mulatos e mestiços, termos representativos de uma origem multicultural do Brasil. Orixás com santos, capoeira com rituais indianistas são alguns dos vários exemplares daquilo que a posteriori seria conhecido como: sincretismo cultural. E nada mais brasileiro do que sua própria característica miscigenada de ser. Sendo assim, fica explícito o caráter multicultural da nação brasileira. Fazendo-se pertinente então, a conformação e conhecimento social da vasta herança cultural que colore os quatro cantos do país, através de propagandas governamentais em horários nobres da televisão aberta, além de sua propagação em redes virtuais. Visto que, um país de tamanho continental está sujeito a ser agente influenciador e também influenciado, sem deixar sua essência incomparável de lado, refutando ainda qualquer tipo de "regiocentrismo" egoísta que por muitas vezes tenta deturpar o brilho do que é ser brasileiro.