O Brasil, cujas dimensões são continentais, há anos, não só busca falar sobre sua identidade cultural, mas também visa a unir seus territórios, já que isso favoreceria sua economia, com a melhoria das relações regionais. Para tanto, um dos mecanismos de junção territorial é a valorização da cultura nacional. Diante disso, cabe indagar: será que é possível uma unidade em um país de grande território? Em 1822, com a independência brasileira, observou-se um avanço no que se relaciona com a identidade cultural. Pouco tempo depois, após 1930, com Getúlio Vargas, houve avanços no mesmo sentido. Entretanto, entre o Primeiro Reinado e o Período Regional não foi possível observar grande valor ao patrimônio cultural ou a intenção de criar um, antes disso, há quem duvide que ele existiu. Desse modo, torna-se claro que a identidade brasileira ainda está em formação- dado o recente emergir dela- e, mais que isso, ela precisa ser estudada. Além disso, depois de consolidados os estudos acerca da formação do patrimônio cultural, seria notado um olhar mais profundo para com tudo o que foi construído pelo povo brasileiro, seja no campo das artes, da literatura, ou da música. Ademais, unidos a esses estudos, há a necessidade de uma pontuação: as características diferentes das regiões do Brasil, ou seja, o povo brasileiro é marcado pela pluralidade de patrimônio cultural, por exemplo, no Rio de Janeiro surgiu a Bossa Nova, enquanto que no nordeste surgiu o Baião. Partindo dessas ideias, percebe-se que a identidade cultural e a unidade de um país grande podem coexistir, desde que, antes, haja o destaque para a diversidade nacional. Assim sendo, a identidade contemporânea será beneficiada pela consistente construção e pela valorização da cultura nacional, esta que é tão plural. Para que haja, nesse sentido, uma valorização cultural maior, torna-se necessária, em primeiro lugar, a intervenção do Estado, com a implantação de investimentos em estudos para a criação de cultura e para o resgate da que foi perdida com o passar do tempo. De outro modo, a população pode colaborar nessa valorização, cobrando leis do Governo, sobretudo para a manutenção do patrimônio de cultura, que é, em grande medida, destruído por vândalos. Por fim, a mídia pode produzir filmes, documentários e revistas, de forma que instigue a curiosidade da população relacionada com a produção intelectual brasileira. Feito isso, haverá uma melhoria holística no que se relaciona ao problema da consolidação da identidade nacional.