Em 1922, ocorreu no Brasil a Semana de Arte Moderna, um evento de música, dança, poesia e artes plásticas que inaugurou um novo movimento cultural no país: o modernismo. Uma das características dos modernistas era o desejo de concretizar uma arte brasileira, valorizando o nacional e eliminando as imitações europeias. Apesar de impulsionar o reconhecimento da nacionalidade, é notável que ainda assim, nos dias atuais, muitos desconhecem a pluralidade e a riqueza da sua cultura. O processo de construção da identidade brasileira fora embasado na miscigenação e integração de povos e culturas. Embora no início da colonização o modelo europeu tenha sido tomado como referência de costumes, é inegável a participação e a importância das outras etnias na formação cultural do Brasil. Os indígenas, por exemplo, ensinaram a conhecer a natureza e desbravar as florestas. A sua culinária e o artesanato estão presentes no dia-a-dia, e muitas palavras da Língua Portuguesa são derivadas da sua língua nativa. Assim como os índios, os africanos representam a cultura nacional na música, culinária, no sincretismo religioso, na língua, no samba e na capoeira. Muito além disso, com suas mãos e suor, construiu-se o país. Contudo, ainda existe no povo brasileiro o preconceito e a estima pelo estrangeiro. Muito da nossa cultura, como por exemplo, o arsenal de línguas indígenas, se perdeu pela falta de apreço e preservação do patrimônio cultural. Além disso, é notável que grandes ícones nacionais, como o pintor Portinari e o intelectual Gilberto Freyre, acabam por fazer parte apenas da vida acadêmica dos brasileiros, que por vezes não reconhecem e admiram os nomes de sua própria história. Por conseguinte, como disse Willyan Johnes, um povo sem cultura não se levanta, se ajoelha. Logo, é preciso que o MEC em parceria com o Ministério da Cultura, promova palestras e eventos nas escolas, a fim de estimular o interesse e a valorização da identidade nacional, pelo contato com as diversas áreas e aspectos regionais da cultura brasileira.