O movimento modernista, que ocorreu na primeira metade do século XX, buscou romper com a estética europeia e, assim, individualizar a cultura brasileira. Entretanto, os idealizadores dessa corrente desconsideraram o principio da formação cultural do país, o qual é baseado na pluralidade étnica, regional e social. Dessa forma, no contexto contemporâneo, a identidade nacional possui diversas ramificações, as quais devem ser reconhecidas e valorizadas. Num primeiro momento, o Brasil foi profundamente influenciado pelos padrões europeus, principalmente, por conta das relações entre colonizadores, nativos e futuros mestiços. Posteriormente, através do processo de globalização, os norte-americanos inseriram seus costumes nas terras tupiniquins. Isso gerou uma série de mudanças no vestuário, nos hábitos alimentares e, até mesmo, no vocabulário. Contudo, é necessário discernir a respeito do que é influência e dominação. É natural que o Brasil, como economia emergente, obedeça a certos movimentos culturais dos países capitalistas desenvolvidos. No entanto, isso não é sinônimo da perda de sua própria identidade, visto que esses movimentos são dinâmicos e, portanto, passageiros. Além disso, a cultura nacional é histórica e permanente, pois faz parte da gênese do povo brasileiro, ainda que o mesmo não tenha plena consciência disso. Dessa forma, isolar o Brasil da cultura estrangeira contradiz seu princípio de "País da miscigenação". Portanto é necessário que o Estado incentive o contato entre o nacional e o estrangeiro, mas sem desprezar as manifestações artísticas do próprio país. Isso é possível através da implementação programas do gênero de intercâmbio cultural. Além disso, é preciso que órgãos como o Iphan e o Ministério da Cultura aproximem-se mais do cotidiano da comunidade, por meio de apresentações e palestras gratuitas em espaços públicos e escolas, informando sobre o valor da manutenção da identidade de um país. Com isso, fica claro que a população também necessita colocar seu "jeitinho brasileiro" em prática, para que a "brasilidade" não perca seu significado.