A cultura nacional advém, como proposto por Oswald de Andrade na Semana de Arte Moderna, da miscigenação de elementos dos diferentes povos formadores do país. Contudo, o corpo social hodierno, munido de valores como a globalização e cultura de massa, enaltece determinadas culturas em detrimento de outras, fazendo com que alguns povos, por consequência, engolfem sua identidade cultural. Na química, as reações de adição unem elementos diferentes formando produtos com características parecidas com as seus reagentes. Outrossim, a ideia de mesclagem cultural proposta por Oswald de Andrade forma etnias que garantem a pluralidade étnica-cultural de determinados povos; no Maranhão, por exemplo, há o Cacuriá, na Bahia, o Acarajé, no Paraná, a congada. Ademais, esse regionalismo, apesar de garantir uma identidade cultural nacional, assim como na química, possui suas matrizes. O advento da globalização, com efeito, facilitou o compartilhamento de tradições, sobre as quais tem-se mais conhecimento. Entretanto, o desenvolvimento tecnológico fomentou também o surgimento de uma cultura de massa popularizada por um consenso informal do cinema, música, teatro, entre outros meios; padronizando, assim, bens e costumes. Mas, no Brasil, a valorização da identidade nacional persiste mesmo diante desses avanços por meio da Lei Rouanet e do Movimento Negro, o qual vem promovendo a marginalizada cultura afro-brasileira. Destarte, a globalização tem nutrido tradições em detrimento de outras, e a valorização da cultura brasileira, no que tange a identidade nacional, está cada vez mais consistente. Portanto, sente-se a necessidade de as escolas, tanto elementares quanto subsequentes, criarem discussões por intermédio de feiras colaborativas, onde seria discutido por bimestre, as diferentes formas de manifestações culturais brasileiras, como a indígena. Além disso, segundo o IBGE, menos de 30% dos municípios possuem programas cunho cultural fomentado pelo poder público, logo, o Ministério da Cultura, através suas secretarias de cultura, poderia articular projetos de enriquecimento cultural, principalmente nas regiões mais afastadas, para impelir, nessas regiões, a cultura de modo mais eficaz.