A propagação dos conhecimentos de gerações sucessivas é imprescindível no que concerne à reconstrução de tradições e sabedorias, a fim de que sejam aprimoradas. Com efeito, torna-se explícito a importância da preservação cultural de cada nação, o que está, cada vez mais, perdendo-se na sociedade brasileira, devido a incompatibilidade das concepções dos grupos, resultado de uma forte estratificação social. A transição do século XVIII e XIX ficou marcada pela primeira escola literária nacional: o Romantismo. Uma das características foi o ufanismo - termo que designa a valorização exagerada da cultura local, isso porque o Brasil passara por uma mudança significante, tornando-se um país independente. José de Alencar, renomado escritor brasileiro, produziu a famosa trilogia indianista, trazendo o índio como herói nacional e ressaltando as qualidades de sua terra. A identidade cultural faz com que exista uma diferenciação e, ao mesmo tempo, identificação de grupos, isto é, algo que está em constante modificação. No entanto, a introdução da tecnologia ofuscou a valorização da diversidade contida nas artes, músicas, crenças, costumes de uma sociedade extremamente rica culturalmente. Outro fator corresponde à divergência de pensamentos de gerações distintas, prevalecendo o preconceito acerca das visões compreendidas por cada uma delas. Faz-se necessário, portanto, o reconhecimento da cultura como uma característica nevrálgica de uma nação. Remetendo o pensamento do cantor Bob Marley, em que um povo sem conhecimento do seu passado histórico, origem e cultura é como uma árvore sem raízes. O Governo, através do Ministério Cultural, deve ampliar a lei de Rouanet, promovendo maiores descontos nos impostos para as empresas que investem nas atividades culturais. Assim como a ação das instituições educativas, associadas aos recursos midiáticos, apresentando os benefícios psicoativos das artes, resultando no conhecimento das demais culturas. Afinal, assim é possível garantir a empatia de diversas gerações.