Movimentos culturais de valorização dos costumes regionais são de extrema importância para a “manutenção da cultura” de modo a mantê-la viva. O desejo de criar uma identidade verdadeiramente brasileira, em um povo que fora dominado por anos por outras nações, veio, inicialmente, dos românticos, como por exemplo, José de Alencar. Entretanto, os romances escritos pelo autor em questão, não eram puramente brasileiros, eles ainda traziam consigo a cultura européia. Algo puramente brasileiro só veio mesmo no ano 1922, no evento que ficou conhecido como A Semana de Arte Moderna. O evento que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo contou com diversos nomes famosos, como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Manuel Bandeira, dentre outros. E ocorreu com o intuito de reconstruir toda arte que estava presente no Brasil de maneira genuinamente brasileira. Nesse evento, a arte representava os brasileiros como eles realmente são: brancos, negros ou mulatos, com gírias do norte, do sul ou do centro do país, sem um padrão europeu, que era visto até então. A Semana de Arte Moderna foi muito importante no contexto de sua época e significou uma grande mudança, quase uma revolução na arte brasileira. Quase 100 anos depois, a maior parte de toda mudança ocorrida por conta do movimento foi perdida. A globalização trouxe consigo fortes influências estrangeiras para o país, de maneira que a arte produzida no Brasil deixou de ser aquilo genuinamente brasileiro para se misturar ao estrangeiro. A influência estrangeira, obviamente, não é algo que deve ser proibido, mas deve ser vigiado. O que não se pode deixar, é que a influencia seja grande ao ponto da cultura estrangeira se sobressair à cultura nacional, de maneira a extingui-la. Para evitar, portanto, a extinção da cultura nacional e manter uma identidade puramente brasileira, é preciso que haja incentivo e investimento, por parte do Estado, em eventos que divulguem arte e cultura, como foi a Semana da Arte Moderna, de maneira a valorizá-la em sua forma natural, essencialmente brasileira. Investimentos em divulgação cultural e a democratização no acesso à cultura também é estritamente necessário, para seja garantido o direito das pessoas a terem acesso a esse bem.