A língua, a música, o folclore, os costumes. Diversas são as características que constituem a identidade de um povo. A cultura brasileira foi formada em vários estágios como: a colonização, com a instalação dos costumes europeus, a independência em que a nacionalidade foi imposta, a república com a autonomia literária e, atualmente, com a globalização que provoca a constante troca de culturas. A identidade nacional nasceu em um berço bastante miscigenado e, consequentemente, carrega um traço de cada nação que lhe influenciou. Segundo Oswald de Andrade, importante escritor modernista, “somente a antropofagia une o povo brasileiro”. Em sua obra Manifesto Antropófago o escritor propõe uma fusão de culturas a fim de formar uma verdadeira personalidade nacional. Com os movimentos literários nacionalistas (Romantismo e Modernismo) a ideologia cultural brasileira ganhou força, se propagando com alteridade e buscando sua singular identificação a partir do outro. Contudo, o mundo globalizado torna as fronteiras cada vez menores, proporcionando novas e constantes trocas intercontinentais. A Terceira Revolução Industrial trouxe, com o avanço das tecnologias, novos meios de viajar o mundo sem sair de casa. As redes sociais são pontes que diminuem as distâncias e possibilitam o contato com outras culturas. Porém, essa nova forma de miscigenação pode desfocar as riquezas nacionais se não for absorvida direito. A americanização pode ser um caso de distorção cultural quando, por exemplo, são televisionados programas enaltecendo o Dia das Bruxas e não o Dia do Saci, ambos comemorados em 31 de outubro, provocando um choque de identidade principalmente nas crianças. Sendo assim é imprescindível que a cultura nacional seja valorizada desde as raízes. Dessa forma, é necessário que o Governo Federal lance campanhas educativas em parceria com a mídia, propagando as muitas faces da cultura brasileira. É importante que as escolas trabalhem a formação da singularidade da nação, em suas artes, seu folclore e seus costumes a fim de ensinar às crianças a preservar sua identidade cultural sem deixar de filtrar as influências da globalização.