Antropofagia, capoeira, cristianismo, candomblé, feijoada, dança do kuarup, são manifestações culturais originarias dos povos que formaram a nação brasileira. A identidade nacional dessa antiga colônia portuguesa, é fruto da miscigenação entre negros, índios e brancos, visto que foi através do sincretismo cultural entre essas etnias em consonância com uma política de aceitação, mesmo que tardia, que possibilitou o sentimento de pertencimento nacional. É possível afirmar que o Brasil é resultado de um intenso sincretismo cultural. Com isso, esse país foi alicerçado sobre base ameríndia, africana e europeia. Sendo a última de caráter etnocêntrico, impondo uma suposta superioridade sobre as demais. Sendo Assim, percebe-se que a partir do século XX, com a Semana da Arte Moderna, iniciou-se uma fase de valorização desse “caldeirão cultural”. Nesse sentido, é perceptível que a ideia de superioridade europeia atrasou bastante o sentimento de orgulho nacional por parte da maioria da população. Contudo, nas últimas décadas, principalmente a escola e a mídia, vêm tentando reforçar a importância que possui o folclore, a música, as religiões, as variações linguísticas e a culinária desse povo. Dessa forma, a formação cultural deste país é singular no mundo, sendo motivo de orgulho tal variedade étnica. Mesmo assim, muito ainda precisa ser feito pelo poder público para se alcançar um nível satisfatório de valorização identitária. O Ministério da Cultura em parceria com o da Educação, poderiam criar projetos de salvaguarda dos costumes, principalmente de origem indígena e africana, com o intuito de formar uma geração ainda mais consciente do verdadeiro valor antropológico e histórico brasileiro.