No Brasil, desde o período colonial, construiu-se um entendimento tomado como verdade por muitos indivíduos segundo o qual a ilegalidade faz parte da essência brasileira, e esse pressuposto vem sendo usado por muitos para obter vantagens inadequadamente. Essa situação é oriunda de certa negligência da sociedade civil no que diz respeito à escassez de medidas profiláticas para combater tal realidade tão presente no país. Nessa perspectiva inerente a falta de valores éticos, vale ressaltar que a corrupção está enraizada de tal maneira nas pessoas que já se tornou algo natural, muitos restringem a corrupção à política e isso os impede de se reconhecerem como corruptos, por exemplo, quando “colam” em um processo seletivo ou não devolvem um troco a mais, é certo que essa banalização é bastante preocupante. Em uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da indústria em 2016, apenas 3% da população se considera corrupta e declaram que “os fins justificam os meios”, pensamento do italiano Nicolau Maquiavel, afirmando que pode-se obter vantagens a qualquer custo, o famoso “jeitinho brasileiro”. Ademais, além dessas transgressões cotidianas, a corrupção da sociedade é refletida na política do país, com desvios de verba pública entre outras coisas, pois os políticos são um retrato da sociedade. Muitos vão ás ruas protestar contra o governo imoral, mas atuam de forma tão corrupta quanto vários governantes. Diante disso, urge que os núcleos familiares e as instituições educativas realizem conversas e palestras educativas que desenvolvam integridade nas crianças e nos jovens brasileiros, a fim de formar uma geração digna e de boa conduta, com valores éticos e morais que valorizem a honestidade acima de tudo.