Para viver em harmonia, uma sociedade deve desenvolver regras, os famosos direitos e deveres, além de ter de ser educada para tal, e por fim, ainda constituir um Estado que os garanta a todos os cidadãos. A falha na construção dessa sociedade harmônica é evidenciada quando a corrupção, os crimes hediondos, e todo tipo de ausência de conduta ética é destacada. Logo, o Brasil pode ser identificado como um país que há muitas falhas, resultado de uma ineficiente educação moral cidadã. Nos últimos anos, a corrupção política brasileira tem sido escancarada, o que por um lado é bom, visto que a punidade mostra-se presente, por outro lado, ilustra a perversidade da amoralidade nesse âmbito. Em paralelo, a população é espectadora de grandes horrores, crimes os quais tem filhos assassinando os pais e pais matando seus filhos, exemplificado nos casos Richthofen e Nardone, respectivamente. Nesse cenário, é possível compreender a urgência brasileira no que tange em desenvolver a ética, tão essencial para a vida em coletividade. Segundo o filósofo clássico Aristóteles, "O ser humano nasce amoral, e deve, portanto, ser educado para tal". Dessa forma, entende-se que o caos aético que a sociedade brasileira enfrenta é uma problemática de cunho educacional. Em consonância, a "Banalização do mal" explanada pela filósofa contemporânea Hanna Arendid, figura todo o contexto do país, e como a própria autora diz, a sua causa está na ausência de criticidade popular, ou seja, uma também deficiência do conhecimento. Assim sendo, fica claro a necessidade de de investimento na estrutura base brasileira, as escolas. Destarte, chega-se à máxima de Mandela, a qual defende que a educação é a arma mais poderosa para transformação do mundo. Em vista disso, o Ministério da Educação (MEC) tem como desafio promover essa mudança, para isso, é fundamental que adicione no cronograma escolar a disciplina ética cidadã, por meio de uma seleção dos conteúdos de humanas que abordam esse assunto, podendo ser ministrado por qualquer professor da área humana, a fim de desenvolver a moralidade e a ética, como propunha Aristóteles, essencial para a convivência coletiva.