Kant dizia “Age de modo que tua ação possa se tornar uma lei universal”, ou seja, se todos se comportassem do mesmo modo que você nessa situação o mundo teria harmonia. A partir disso podemos definir ética como a maneira racional de se agir em determinadas situações e ambientes. A questão da falta de ética se deve, pois, as pessoas estão deixando de serem racionais para agir de acordo com suas vontades e desejos; essas situações atrapalham a harmonia em uma sociedade. Frequentemente a pergunta mais feita pela sociedade é “quero” e não “devo”, desencadeando uma série de ações inconsequentes que prejudicam a vida das outras pessoas. Esse modo de agir desencadeia conflitos desde o ambiente residencial até situações como as investigadas pela operação Lava Jato. De fato, o chamado jeitinho brasileiro leva nosso povo a optar pela praticidade ao realizar uma tarefa e não pela razão e pelo discernimento. Ainda que tenhamos o livre arbítrio para escolher nosso modo de vida, é imposto implicitamente a nós que sejamos corretos no nosso modo de nos comportar, por meio dos valores éticos, a fim de que haja a convivência pacífica de uma sociedade com liberdades plenas, como é o caso do Brasil. Sendo assim, devemos adotar as palavras do apostolo Paulo “todo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Sem dúvidas a falta de ética na sociedade brasileira atualmente é um reflexo do passado histórico do país, manchado desde a época da colonização; causada pelo jeitinho brasileiro, e presente com mais representatividade agora, devido aos escândalos envolvendo políticos e grandes empresários. A grande questão é que as pessoas de todas as classes sociais, políticos ou não devem parar de agir de modo imprudente e egoísta priorizando o bem individual para agirem de modo mais racional, para que barbaridades como as vistas atualmente parem de ocorrer.