A ética deve ser compreendida como um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Diante disso, é perceptível que no contexto contemporâneo brasileiro, os valores éticos estão sendo pouco utilizados pelos indivíduos. Nesse sentido, os brasileiros cotidianamente violam os preceitos e os princípios que devem ser usados no convívio em sociedade. Além disso, a população brasileira é representada por políticos que cometem atos corruptos e, assim, geram um exemplo de conduta incorreta para os cidadãos. Primeiramente, cabe esclarecer que o “jeitinho brasileiro” é uma ação que visa à obtenção de benefício próprio ou a resolução de algum problema prático. Em que, o indivíduo utiliza a criatividade, a cordialidade e a retórica para obter o que necessita. Dessa forma, esse tipo de conduta é caracterizado como a capacidade do brasileiro de conseguir o que deseja, ainda que por meio de ações que são consideradas corruptas e que interferem diretamente nos indivíduos de uma coletividade, uma vez que algumas pessoas acabam sendo prejudicadas devido à postura antiética do outro. Outro fator em questão é a corrupção na política. Desse modo, tornou-se comum a adoção de posturas que violam os valores e princípios fundamentais da conduta humana em sociedade pelos políticos. De acordo com o filósofo Mario Sergio Cortella: “É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal.” Sendo assim, a postura antiética dos líderes políticos naturaliza de certa forma a prática de ações corruptas pelos indivíduos que enxergam os estadistas como exemplo. Torna-se necessário, portanto, que os valores éticos sejam utilizados de forma mais frequente pelos brasileiros. Para isso, o Governo Federal juntamente com o Ministério da Educação (MEC) deve incluir o ensino da ética na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino fundamental ao ensino médio a fim de que as pessoas aprendam a importância da ética no convívio em sociedade desde cedo. Ademais, políticas públicas de conscientização sobre as consequências da falta de ética devem ser realizadas pelo Governo do Estado de forma que atinjam as esferas midiáticas, as redes sociais e as vias urbanas.