A questão da ética tem preocupado pessoas a muito tempo, o próprio filósofo grego Aristóteles escreve um livro destinado a instrução de seu filho (ética a Nicômaco). No Brasil o “jeitinho” tem aberto espaço à desonestidade, motivado pela falta de reflexão e de aplicação de valores morais. O jornalista russo Fyódor Dostoyévski disse certa vez que “Se deus não existe então tudo é permitido”, é certo que a questão não é provar a existência de deus, porém, esta afirmação tem levantado diversas discussões acerca de “em quê são baseados os nossos valores?”. A Falta de reflexão, por parte da maioria dos brasileiros, tem demonstrado uma desvalorização da ética teórica (metaética) e a valorização de uma ética prática (práxis), o que têm levado da honestidade individual para a desonestidade que nunca é descoberta. O professor da USP Clóves de Barros acrescenta que a conduta do homem quando ele está só revela seus reais pressupostos éticos, revelando assim que aquilo em que se acredita se manifesta no dia a dia. Como disse Jesus “A boca fala do que está cheio o coração” demonstrando assim que os principais axiomas que norteiam nossa forma de ver o mundo, inclusive nossa conduta, acabam por se manifestar no dia. Mostrando que a prática de uma boa ética precisa ser agregada e internalizada, através da reflexão, na ética brasileira. Por isso, o Governo Federal, juntamente com o ministério da educação, deve criar projetos de leitura, com baixa de impostos em livros do gênero, promovendo palestras, debates nas escolas, intensificando a importância e a necessidade de uma boa conduta, esperando-se assim, que através do diálogo, do debate e da leitura cada vez mais cidadãos possam ser alertados acerca da necessidade de uma boa conduta, tendo como Imanuel Kant o princípio da empatia para a boa conduta.