Para Clóvis de Barros Filho, ética é a inteligência compartilhada a serviço do aperfeiçoamento da convivência em uma sociedade sociedade. Apesar da definição do professor, hodiernamente constata-se um menosprezo da ética em detrimento de valores sociais e capitalistas contemporâneos. Tal menosprezo resulta na urgência de adquirir princípios éticos para a sociedade brasileira. Em primeiro plano, Sérgio Buarque de Holanda destaca em seu livro, Raízes do Brasil, a teoria do Semeador e do Ladrilhador, na qual ele aponta a colonização brasileira como desorganizada e sem planejamento. Segundo o autor, essa desorganização culminou em uma sociedade sem valores éticos e morais, na qual o jeitinho brasileiro – forma de tirar vantagens de situações – prevalece. Ademais, o mito grego do Minotauro exemplifica como a ganância humana se sobrepõe à ética, quando Minos dá um golpe em seus irmãos para se tornar o único rei de Creta. Analogamente ao mito, a sociedade brasileira está cheia de reis Minos, que, em prol de sua ganância com valores capitais, acabam menosprezando os valores éticos e morais. Tendo em vista o que foi previamente exposto, há duas possíveis soluções para a problemática. A curto prazo, seria indicada a disponibilização de palestras sobre o assunto em redes sociais de forma gratuita, pelo Ministério das Comunicações, a fim de torná-lo mais acessível. Além disso, a longo prazo, faz-se necessária, por parte do MEC, a inclusão obrigatória de aulas de ética na grade de aulas dos ensinos fundamental e médio. Somente assim, será possível resolver a urgência de valores éticos na contemporaneidade brasileira.