O ser humano é um animal gregário, depende de pessoas para se desenvolver. Em toda a história, indivíduos juntaram-se para alcançar resultados maximizados, seja política ou economicamente. Com comunidades, foi possível conceber leis, realizar trocas comerciais, formar hábitos coletivos e, principalmente, necessitou-se a formação de valores éticos, a fim de buscar o melhor modo de viver em sociedade. Entretanto, em pleno século XXI, países como o Brasil sofrem com a desvalorização da ética, sendo de suma importância fortalecê-la. Primeiramente, a falta de valores éticos afeta negativamente qualquer relação humana. Considerando essa perspectiva, entende-se que os princípios que geram uma boa conduta são favoráveis à complexidade das ações. A ética, nesse contexto, é alicerce das reações em cadeia que ocorrem na sociedade, é garantia de que uma tarefa será cumprida. Porém, é notável que indivíduos que cometem atos corruptos inviabilizam a confiança de outros; é assim que a população passa a desacreditar no Estado. No entanto, os recentes escândalos de corrupção brasileiros estão fortalecendo a ética da população. Assim como afirmou o filósofo Cortella em um de seus comentários sobre o tema, a sociedade soube aprender com as atitudes antiéticas de seus governantes. Dessa forma, o povo passa a considerar a prosperidade como possibilidade futura. Em um país até então desacreditado pela população no setor político e econômico, desenvolver valores éticos fará a “sindrome de vira-lata”, do vocabulário popular, sumir. Dessa maneira, percebe-se que a ética, princípio que conduz o ser humano a exercer uma boa conduta, está presente em toda ação humana. Esse valor, ao ter sido corrompido por inúmeras individualidades do poder público, despertou a população, que percebeu a importância da ética, fortalecendo-a em suas práticas diárias.