O Brasil não vive um bom momento. Grandes manchetes lançam no vazio. Emergente, sem sobrevida, “tem a sua identidade ética fatiada” e colocada na balança. Raízes históricas apontam para uma herança étnica de inconsciência social de uma nação colonizada e de incrível sofrimento societário, tenta-se buscar seus valores éticos. Os haveres éticos desde os primórdios da sociedade são associados a ideia da moral e da cidadania. Necessita-se de honestidade, fidelidade e harmonia. Novos meios de subsistência atingem avanços, e a conveniência de novos princípios gregários, fazem a sociedade evoluir. Mais essa evolução é muito frágil no Brasil, não somente por toda a sua história política, mais as leis são divagares na sua concepção, e não se falam de maior rigidez; não adianta ser mais penosa, se o sistema não colabora para que funcione. Fabricações de leis não ajudam muito, pelo contrário, não acrescentam para o senso comum, nem ao menos educam ou intitulam aspectos éticos comportamentais. Há que se admitir que com os protestos de 2015, operações da lava jato, e algumas prisões de políticos (como presidente Lula), houve passos importantes, no entanto, estamos atrasos quase 500 anos se não mais; caminhamos há passos de “tartaruga’. Há também por que não dizer, coercivamente de que a ética está presente nos debates contemporâneos, mais mesmo assim como diz a filosofa gaúcha, Adela Cortina, “mesmo que a ética esteja na moda e todo mundo fale dela, ninguém chega a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial para viver”. Isso mostra que existe ambiguidade no discurso ético na teoria filosófica e do que se pratica na realidade, não damos certa importância à ética no mundo prático. Brasileiros são desinteressados? Ao mesmo tempo em que reconhecemos a ética em nossas relações sociais, nas famílias, instituições, nas escolas, o tratamento de importância tem mais a ver com menosprezo do que apreço, No caso da escola, não vemos por parte de diretores, professores, pedagogos matérias interdisciplinares para crianças na escola, aliás é preferível mudar de assunto. Enfim, somos compelidos por toda inconformidade histórica a agir em relação as antigas formas de pensar. Mais, antes necessitamos entender que a base de valores éticos bem sedimentados em uma população, não é aquela que nasce ao acaso, mais sim aquela que é construída, tijolo por tijolo, desde seus alicerces. Como o filosofo Kant diria “o homem é aquele que a educação dele faz”, boa educação nas escolas é à base de tudo.