A falta de democracia, empatia e as impunidades de violência, são algumas consequências marcadas pelo século vigente devido a ausência de ética. Para um dos principais filósofos, Aristóteles, "o homem quando guiado pela ética é o melhor de todos os animais, quando sem ela é o pior de todos." Em consonância a isso, faz-se urgência debater acerca dos valores éticos na contemporaneidade brasileira. Deve-se pontuar, de início, o quão prejudicial se faz ausência de ética no sistema atual. Para Guy Debord, famoso escritor francês, a pós-modernidade é sintetizada pela crise ética, no qual houve a coisificação do homem. A partir do momento que os meios capitalistas utilizam as pessoas para gerarem lucros aos meios de produção, essa relação é marcada pela falta de consciência, visando apenas o interesse do enriquecimento do mercado consumidor. Grande exemplo é a forma como as influencer digitais estão se comportando diante das mídias de comunicação, posto que há mudança de comportamento para se obterem um maior número de seguidores para se autopromoverem, como também divulgarem produtos e marcas. Dessa maneira, o que se percebe é famosa sociedade do espetáculo, já que o que importa é a aparência e não o ser, ou seja, o conteúdo, as convicções. Dessarte, as relações se tornam líquidas, pois não têm ética. Por conseguinte, para Émile Durkheim, filósofo da corrente do positivismo, as instituições têm grande papel relevante, haja vista que igrejas, escolas e famílias, têm por função promover o progresso da nação a partir dos valores éticos, moldando o ser para melhor. Com isso, é extremante louvável a educação, posto que é a porta de saída para qualquer situação de marginalização, funciona como ferramenta que colabora para gerar oportunidade de mudança de vida, oferecendo-lhes chances dignas que ameniza o fenômeno da meritocracia. Colabora, dessa forma, como fator impulsionador de contrastes sociais, principalmente no que tange o fator de violência, que ainda é motivado devido a falta de chance de emprego. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que para se obter uma construção de um Brasil mais ético diante de tantos os problemas que afetam o mesmo, a educação deve ser tratada como prioridade para o Estado, pois a educação é um bem que propicia para o bem de toda a nação. Com isso, fornecer materiais didáticos como livros de história, filosofia e sociologia,que possam ser trabalhados em sala de aula com o objetivo de formar cidadãos éticos com o outro já é uma ótima medida, pois terá uma geração de pessoas empáticas. Além de que, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária, deve promover campanhas em televisão, outdoor e redes sociais com seguinte mensagem:" não abdique dos seus princípios para fomentar a indústria do capitalismo, suas convicções valem muito mais que isso", com a função de tornar pessoas críticas e que se autoaceitem. Só dessa forma que os homens serão animais superiores a todos os outros.