No período colonial brasileiro, grande parte da economia gerada no país se concentrava em produtos agrícolas, como a produção de café e cana de açúcar. Não obstante, a economia brasileira, ainda hoje, se volta para o agronegócio, uma vez que o local apresenta características naturais, como solo próprio para práticas agrícolas. No entanto, apesar dessa produção proporcionar um elevado desenvolvimento do país, é causa de grandes problemas para a saúde da população e ao meio ambiente. Primeiramente, é válido destacar que, em decorrência da expansão do agronegócio, diversos problemas ambientais são agravados, como o desmatamento e, por conseguinte, a intensificação do efeito estufa. Segundo pesquisas realizadas pelo núcleo de Estudos Socioambientais(IESA), grande parte do cerrado foi desmatado para o uso da agropecuária. Nesse sentido, biomas naturais são ameaçados, além de intensificar a liberação de gases estufa, como o metano, liberado por excretas de bovinos, o que provoca a intensificação do aquecimento global. Em virtude disso, o desenvolvimento do agronegócio se baseia no uso de substâncias químicas nas plantações, o que pode ser prejudicial para a saúde humana. Esse fato pode ser evidenciado em informações divulgadas pela Anvisa, a qual decretou o banimento de certos agrotóxicos por serem suspeitos de causar problemas ao sistema endócrino dos indivíduos que consomem o alimento. Dessa maneira, a população têm sua vida prejudicada, uma vez que os produtos produzidos em larga escala são de consumo mais econômico que os produzidos por pequenos produtores agrícolas, os quais não utilizam produtos químicos em suas plantações. Nota-se, portanto, que a difusão do agronegócio prejudica o meio ambiente e a saúde da população, tornando-se necessária a intervenção para minimizar esse problema, sem afetar a economia do país. É necessária a ação do Ministério da Agricultura em sinergia com os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, na qual esse último fiscalize a utilização do meio ambiente de forma sustentável na produção, por meio do monitoramento e recolhimento de dados. Além disso, cabe a responsabilização do Ministério da Saúde por coletar dados sobre o uso de agrotóxicos nas produções, com o fito de assegurar a qualidade de vida da população e preservação do meio ambiente.