A atividade agroexportadora é de fundamental importância para a economia brasileira e é favorecida pelas condições de clima e solo do país, que proporcionam a possibilidade de cultivo de diversas espécies de vegetais. No entanto, os efeitos do uso do excessivo de agrotóxicos na agricultura têm levantado debates acerca dos impactos negativos dessa prática na saúde dos consumidores, sendo uma das principais causas de não ocorrerem avanços significativos no sentido de reduzir esse uso prejudicial a tolerância por parte da população. Desde o processo de independência brasileira, a alienação da sociedade em relação às leis tem permitido aos governantes elaborar e aprovar projetos de lei que priorizam o lucro e interesses individuais em detrimento dos interesses coletivos e do bem estar da população. É isso que se tem verificado em um novo projeto de lei que prevê a revogação da proibição do registro de agrotóxicos altamente perigosos. O exemplo contemporâneo da greve dos caminhoneiros, que ocorreu no primeiro semestre de 2018, mostrou que quando um grupo se mobiliza no sentido de não admitir ser explorado e prejudicado pela legislação, os resultados podem ser satisfatórios. Para mudar o quadro atual de uso excessivo de agrotóxicos na agricultura, a formação de associações e sindicatos em defesa da redução desse uso se faz necessária. A mobilização da população e divulgação dos efeitos prejudiciais dessas substâncias na saúde dos indivíduos pode ser feita por meio das redes sociais. Somente assim será assegurada aos consumidores a qualidade dos alimentos.