A teoria malthusiana previa que o crescimento populacional sobressairia a produção de alimentos, ocasionando sua escassez. Com a Revolução Verde, houve o aprimoramento das técnicas utilizadas, como o uso de agrotóxicos, obtendo um aumento na produtividade e, consequentemente, refutando esta teoria. Hodiernamente, o uso desenfreado de defensivos agrícolas no Brasil tem colocado em risco a saúde da população. Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que a permissividade ao uso de pesticidas é um dos fatores que compromete a qualidade do alimento consumido. Segundo a Anvisa, 30% dos alimentos estão fora dos padrões. Portanto, é notável uma deficiência nos órgãos fiscalizadores. Esta é explicada pela falta de profissionais, bem como, pelo dispendioso custo da análise que, por sua vez, é arcado pelo governo. Ademais, é importante evidenciar os efeitos que os produtos abarrotados de agrotóxicos tem sobre as pessoas. Como não passam pelo teste amostral, esses alimentos carregam substâncias carcinogênicas, além de causar a queda de QI em crianças. Sobretudo, é necessário lembrar do trabalhador do campo, que tem contato direto com elementos nocivos, desenvolvendo doenças que serão transmitidas as gerações futuras. Em virtude do que foi apresentado, é imprescindível que mudanças sejam realizadas para que os alimentos não se tornem um risco a população. Cabe ao Governo Federal cobrar impostos sobre o registro de agrotóxicos a fim de arrecadar verbas para arcar com as despesas de uma regulamentação eficiente e a capacitação de profissionais na área, dificultando, assim, a entrada destes no mercado. O Ministério da Agricultura (MAPA) em parceria com o Governo deve fomentar a agroecologia por meio da obrigatoriedade de 50% dos alimentos consumidos em escolas serem agroecológicos. Somente dessa maneira será possível que o país caminhe para um desenvolvimento sustentável.