Segundo o economista francês, François Quesnay, a agricultura é a maior fonte de riqueza de uma nação. Por conseguinte, é indubitável que a cultura agroexportadora do Brasil tenha sido um dos maiores expoentes de sua economia, contudo o uso de agrotóxicos e pesticidas têm afetado negativamente esse setor devido ao seu uso exacerbado, sendo um problema alarmante para a contemporaneidade. Nessa perspectiva, é impreterível a necessidade de uma intervenção governamental que busque formas de combate menos agressivas e que ao mesmo tempo prese pela saúde pública. A princípio, cabe ressaltar que de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de uso de agrotóxicos, fato justificado pelo clima tropical do país que propicia maior disseminação de pragas. Contudo, a aplicação desmedida dessas substâncias pode causar efeitos nocivos na população consumidora e no ecossistema das áreas de plantio, como o desequilíbrio ecológico, ainda segundo a agência. Esse é um problema conspícuo na sociedade que deve ser analisado a fim de evitar maiores consequências. Além disso, embasado na Teoria da Seleção Natural do naturalista inglês, Charles Darwin, incumbe à natureza o poder de selecionar os organismos melhores adaptados ao ambiente, logo a inserção de substâncias sintéticas manipuladas pode interferir nos processos naturais causando efeitos catastróficos ao meio. Nesse contexto, é inteligível a ligação entre as ações antrópicas na agricultura e alguns dos problemas ambientais hoje apresentados no cenário brasileiro, tais como o risco de extinção das abelhas, segundo o Greenpeace. Um fato muito preocupante para a sociedade moderna. Infere-se, portanto, a necessidade de buscar soluções viáveis para esses problemas. Para isso, é de suma importância que o Ministério da Agricultura em consonância com a Anvisa, busquem formas de diminuir os efeitos nocivos dessas substâncias, por meio da criação de biopesticidas feitos a partir de substâncias naturais como feromônios e fungos, visando uma menor agressividade ao ecossistema e à saúde do consumidor. Ademais, compete aos veículos midiáticos promover campanhas que levem conhecimento aos vários setores populacionais, por meio de documentários e propagandas, a fim de alertar sobre os riscos do consumo dessas substâncias. É uma questão nacional que deve ser solucionada, afinal, como disse o escritor inglês, Aldous Huxley: “Os fatos não deixam de existir por serem ignorados.”