Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 25/06/2018

A tolerância do uso de agrotóxicos e seus efeitos no Brasil é uma temática muito discutida entre os ambientalistas. Isso deve ser analisado, estudado e reconhecido, uma vez que o uso excessivo desses produtos pode provocar riscos à saúde humana e prejuízos ambientais. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o entendimento da necessidade do uso de agrotóxicos para o bom desempenho do Brasil no setor do agronegócio e a urgência em criar uma nova mentalidade, na sociedade, que associe o avanço tecnológico ao emprego de novas práticas na agricultura, na tentativa de reduzir danos ecológicos e respeitar a saúde da população como um todo. Em um primeiro viés, cabe ressaltar que, segundo a Geografia, o Brasil apresenta índices de desenvolvimento agrícola acima da média mundial e, por isso, é um país agroexportador. Ademais, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor do agronegócio representa cerca de 24% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, que é a soma de todas as riquezas do país. Dessa forma, é possível associar a liderança do Brasil no posto de maior consumidor de agrotóxicos do mundo diretamente com o seu modelo produtivo de base agrária. Assim, esse cenário corrobora a importância em estudar e reconhecer a tolerância do uso de agrotóxicos na sociedade, em função do elevado consumo desses produtos no país e da necessidade de garantir a qualidade de vida do brasileiro. Logo, o entendimento da dependência do Brasil em relação ao uso de agrotóxicos é extremamente relevante para a busca de alternativas ao uso dessas substâncias as quais priorizem a sustentabilidade dos recursos naturais - como a água e o solo- e que sejam compatíveis com a realidade do país. Em uma outra perspectiva, é valido salientar que, em harmonia com o conceito de sociedade de risco do sociólogo alemão Ulrich Beck, diferentemente de outras épocas, os principais riscos da sociedade contemporânea são produzidos pelas ações humanas. Dessa maneira, recai sobre o ser humano o compromisso de administrar as mudanças proporcionadas pelo avanço tecnológico em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do país. Entretanto, essa lógica, infelizmente, não faz parte da realidade brasileira pela razão de existirem muitos interesses privados de grupos e associações agrícolas que visam apenas ao aumento dos lucros com a produção e , para isso, defendem ideias contrárias ao equilíbrio do meio ambiente. Um exemplo desse fato pode ser verificado na criação de um projeto de lei que muda as regras de registro de agrotóxicos e altera o processo de liberação de novos produtos, permitindo o registro de agrotóxicos altamente perigos. Nesse ínterim, em virtude dessa inversão de valores humanos, percebe-se a urgência em criar uma nova mentalidade na sociedade que utilize, de fato, o avanço tecnológico em benefício do país com o intuito de alcançar o progresso de forma harmônica, sem sobrecarregar o meio ambiente. Tendo em vista a complexidade dessa temática, medidas fazem-se necessárias. Diante do argumentado, infere-se, portanto que os agrotóxicos estão fortemente associados à economia do país, no entanto seu uso deve ser controlado em virtude dos prejuízos à saúde humana - como intoxicações e lesões internas de tecidos biológicos. Por conseguinte, o Ministério da Agricultura deve promover a pereceria entre agricultores e pesquisadores -por meio de projetos organizados por servidores públicos- com a finalidade de amenizar o impacto dos agrotóxicos no ambiente e na vida animal. Além disso, o Poder Público -em esfera municipal- deve incentivar a a criação e implementação de novas práticas na agricultura -como o uso de biopesticidas, com baixa toxicidade e já utilizados em países africanos- por intermédio de investimentos e subsídios para o setor do agronegócio e com o objetivo de tornar mais equilibrada a relação entre o homem e a natureza e superar a ideia de sociedade de risco desenvolvida pelo sociólogo Ulrich Beck.