De acordo com Thomas Malthus, há um descompasso entre o crescimento populacional e a capacidade de produtividade da terra, a população cresce em progressão geométrica, e a produção alimentícia, aritmética. Com a crescente demanda de alimentos, os mecanismos do agronegócio brasileiro adequam-se às necessidades e é notável a prejudicial quantidade de agrotóxicos usados para garantir a efetividade da produção porém alarmante quão nocivo pode ser o consumo de frutas, legumes, vegetais e grãos quimicamente alterados. As pessoas que trabalham diretamente com o agrotóxico bruto e não seguem o protocolo da Anvisa de manuseamento, roupas e aplicações adequadas, podem ter câncer, distúrbios hormonais, infertilidade e alterações no sistema nervoso à curto prazo. Já o pesticida dos aviões contaminam tanto pelo processo de borrifamento, quanto pela água utilizada para limpeza das aeronaves e afeta moradores que residem próximos ao latifúndio, ribeirinhos, tribos indígenas, lençóis freáticos e habitantes urbanos que consomem a água dos rios. Mesmo com a criação dos transgênicos, o uso das herbicidas não diminuíram por dois motivos: o primeiro devido à seleção natural porque o plasmídeo das bactérias das ervas-daninhas que sobreviveram ao veneno, captam pedaços do gene das plantas que, contaminado a outros, muta e torna-se mais resistente à agrotóxicos. O segundo por causa do agricultor que às vezes planta e colhe na hora errada, prefere não se prejudicar financeiramente e excede o limite de resquícios permitidos nos alimentos vendidos aos mercados. Portanto, é necessário a fiscalização pela Anvisa e a punição dos agricultores pelo poder judiciário das produções que ultrapassarem o limite de vestígios de inseticidas e dos funcionários que não estejam adequados a trabalharem com o agrotóxico puro, entretanto, a água usada para lavar os aviões, deve ser estocada e levada para unidades de saneamento básico onde será tratada e não descartada diretamente na natureza.