De acordo com o Artigo 255 da Constituição Federal, todos os cidadãos possuem direito a um meio ambiente equilibrado para a qualidade de vida sadia. Devido a isso, é de responsabilidade do Estado mantê-lo preservado. Porém, visto que o Brasil é um país agroexportador, muito tem-se debatido sobre o uso dos agrotóxicos e suas implicações, visto que a sua utilização incorreta traz consequências prejudiciais tanto para o meio ambiente quanto para a população. Com a expansão do agronegócio e aumento da economia do país, a procura e a demanda de alimentos também cresceu significativamente. Com isso, os agricultores têm utilizado ainda mais os agrotóxicos para evitar perdas nas plantações. Contudo, o uso em demasia desses produtos geram complicações para o meio ambiente, como a contaminação do solo e do lençol freático, como também a morte e intoxicação de outros animais, o que gera quebra da cadeia alimentar. De acordo com a revista Planeta, cerca de 13% da água potável do planeta terra está inutilizável devido à contaminação por pesticidas. Logo, vê-se o quanto a aplicação desses produtos contribui de maneira significativa para o desequilíbrio ambiental. Ademais, ainda coexiste a essa realidade, os fatores danosos ao ser humano. Ao ingerir água e alimentos com grandes concentrações de agrotóxicos, pode ocorrer uma bioacumulação e intoxicação por DDT, que é um dos compostos utilizados nesses produtos. Esse composto, em grande quantidade no organismo, pode ocasionar uma alteração celular e evoluir para um câncer. Desse modo, poderá acarretar tanto mais enfermidades para a população quanto mais gastos no setor de saúde pública. Conforme dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 27% das entradas em hospitais por intoxicação, se dá por DDT. Dessa forma, vê-se que a intoxicação humana tem como uma de suas causas a vasta utilização de pesticidas. Portanto, para se resolver o problema dos efeitos dos agrotóxicos no Brasil, é necessário que certas medidas sejam tomadas. Inicialmente, o Ministério da agricultura deve estimular e financiar o desenvolvimento de pesquisas para a formulação de mais biopesticidas que gerem menos fatores prejudiciais ao ambiente e ao ser humano. Isso se dará em parceria com as universidades federais que disponibilizarão os alunos e projetos de pesquisa para maior aprofundamento e testes dos novos produtos. Só a partir da adoção dessas medidas que se acabará com os efeitos negativos dos agrotóxicos e se efetivará o artigo previsto em lei.