Define-se como agrotóxico o produto utilizado, em grande parte, na indústria agrícola com proprósito de maximizar a produção, preservando-a de seres considerados nocivos. Tendo em vista essa definição, nota-se enorme permissividade e utilização desses agentes no Brasil, vide sua especialização agroexportadora na Divisão Internacional do Trabalho – DIT. Porém, devido à toxicidade evidenciada em seu nome, torna-se imprescindível analisar a política de tolerância ao uso destes utensílios agrícolas, bem como seus efeitos danosos à saúde pública. Cabe pontuar, em primeiro plano, que uma grande parcela dos grandes produtores priorizam o lucro à saúde dos cosumidores e apoiam políticos que defendam seus interesses em instituições, vide o projeto de lei, apelidado pela oposição como “pacote do veneno”, que visa reduzir o controle na regularização de tais agentes tóxicos. Segundo o sociólogo E. Durkheim, que disseminou um pensamento segundo o qual toda as partes da sociedade devem conviver de forma harmoniosa para que seja atingido o bem-estar geral. Sob essa óptica do pensador francês, no entanto, o Brasil avança lentamente no sentido da homeostase social, ao contrario dos EUA, que adotam uma política mais conservadora diante do uso de agrotóxicos, além de investirem na pesquisa a fim de produzir produtos menos nocivos à saúde e à natureza. Concomitantemente, é importante ressaltar os danos a curto e longo prazo causados por alimentos contaminados. Nesse contexto, no Brasil, que é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, é comum constatar inúmeras mortes por intoxicação de trabalhadores do campo leigos a respeito do perigo a que estão expostos e trabalham sem proteção. Ademais, os consumidores, menos expostos ao perigo, sofrem com sintomas tardios, como tumores e paralisias. Em mulheres grávidas, pode resultar em aborto e malformação congênita. Portanto, recai sobre o Ministério da Cultura em consonância com a Anvisa e demais órgãos competentes a realização de uma pesquisa a fim de dectar e banir utensílios com nível de toxicidade acima do recomentado pela Organização Mundial de Saúde, visto que, no Brasil, ocorre o livre uso de vários agrotóxicos proibidos em uma série de países desenvolvidos pelo mesmo motivo. Outrossim, cabe aos meios midiáticos, principalmente o televisivo, por sua maior abrangência, alertar a população sobre os danos à saúde gerados pelo consumo de agrotóxicos e estimular a predileção por produtos com menor teor de agrotóxicos ou, se possível, orgânicos.