Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 31/05/2018

Geograficamente, o Brasil é um país com proporções continentais. Além de disponibilidade territorial, o solo é fértil e o clima é muito propício para o cultivo, diferentemente da Rússia que, apesar da vasta extensão territorial, tem um regime climático mais agressivo. Destaca-se, portanto, o grande potencial econômico que o Brasil dispõe por intermédio da agricultura, já apreciado desde o século XVI, na fase de colonização. No entanto, na mesma proporção do cultivo, há um ambiente favorável à proliferação de pragas que atacam as lavouras. Nesse contexto, emerge a problemática da tolerância do uso de agrotóxicos, considerado necessário economicamente, mas nocivo à saúde. A característica marcante do Brasil não é a exportação de tecnologia, todavia é a exportação de commodities, que compôs cerca de 6,5% do PIB de 2015, segundo dados divulgados pelo Governo Federal. Dentre as commodities estão produtos agrícolas, nos quais há uso de agrotóxicos para proteção contra agentes indesejáveis e garantia da colheita. Fica evidente, então, que os agrotóxicos desempenham uma função crucial para movimentação econômica do país, influenciando, indiretamente, o crescimento do PIB, sendo esse, a princípio, um dos principais motivos da compreensível tolerância do seu uso. É bem verdade, que existem outros produtos que podem substitui-los, porém, o custo ainda é muito elevado o que onera a produção. Por outro lado, a persistente tolerância aos agrotóxicos torna-se descabida quando, no balanço econômico, não se leva em consideração seus efeitos nefastos à saúde. Assim como é incumbência do Estado gerenciar a economia da nação a fim de gerar riqueza, também é seu dever à promoção da vida, como previsto no Artigo 5º da Constituição brasileira. Desse modo, o Estado não pode prestigiar um em detrimento do outro, mesmo que os capitalistas, da bancada ruralista, estejam mais presentes no congresso federal para defender seus interesses do que a população que está desinformada em suas casas. Contudo, é lamentável ver a letargia para a tomada de ações pela inobservância desse entendimento. Diante do exposto, identifica-se um impasse entre dois aspectos e cabe ao Estado a implementação de diretrizes para estabelecer à harmonia entre eles. Nesse sentido, o Governo Federal deverá incentivar a substituição dos agrotóxicos por produtos menos nocivos e tão eficientes quanto eles no combate as pragas. Isso se dará por meio de investimentos ou patrocínio de pesquisas que apresentem alternativas de baixo custo e oferta de créditos fiscais para os produtores que aderirem a essas alternativas, obtendo uma redução gradativa do uso de agrotóxicos. De tal modo, poder-se-á usufruir ao máximo do potencial nacional valorizando a saúde dos cidadãos.