Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 30/05/2018

Segundo Hegel, filósofo alemão, o homem não é mais do que a série de seus atos. Analisando o pensamento e relacionando-o à tolerância dos agrotóxicos no Brasil, percebe-se que o uso inadequado de defensivos agrícolas é nocivo ao meio ambiente e à população. Nesse sentido, convém uma análise dos principais efeitos desse impasse no país. Em primeiro instante, é relevante pautar que o surgimento da Revolução Verde, em 1950, possibilitou a invenção e disseminação de práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrária. No entanto, segundo a USP ( Universidade de São Paulo ), o limite máximo de resíduos em alimentos e na água potável aceito no Brasil é centenas de vezes maior que em outros países, devido à permissividade da legislação brasileira . Sob tal conjuntura, observa-se que o uso indiscriminado de produtos agroquímicos representa um impedimento para o desenvolvimento sustentável dos solos e da água, haja vista que a contaminação por esses insumos afeta diversos níveis da superfície e , por conseguinte, os lençóis freáticos. Em segundo análise, faz-se necessário enfatizar que a utilização inapropriada de defensivos agrícolas é danosa à saúde do ser humano. Uma vez que segundo o INCA ( Instituto Nacional do Câncer ), a ingestão de alimentos que possuam resíduos de agrotóxicos está diretamente relacionada ao desenvolvimento de câncer, má formações fetais e disfunções neurológicas. Nessa perspectiva, a filosofia de Hegel faz-se relevante quando nota-se que o ato de tolerar a aplicação de produtos fitossanitários resulta em uma série de consequências à saúde da população. Posto isso, segundo o SUS - Sistema Único de Saúde -, cerca de 500 mil pessoas são contaminadas ao ano por meio do contato direto com os defensivos ou pela ingestão de alimentos infectados. O que evidencia a morosidade do governo em regulamentar e fiscalizar o uso desses insumos. Infere-se, portanto, que a aplicação indevida de defensivos agrícolas mostra-se maléfica à saúde brasileira e ao ecossistema. Partindo desse pressuposto, a fim de solucionar essa problemática, torna-se pertinente a mobilização de agentes como o Estado. Nesse contexto, compete ao Poder Público fomentar a prática da agricultura orgânica, por meio do oferecimento de cursos com profissionais altamente qualificados, no sentido de orientar os produtores sobre o controle biológico e sistemas agroecológicos. Dessa forma, ao realizar as medidas supracitadas, o corpo social será uma série de atos benéficos ao meio em que habita, como proferido por Hegel.