Durante o século XIX, a chegada da Revolução Verde e todas as suas inovações relacionadas a agriculturas trouxe consigo o desenvolvimento do setor primário brasileiro. Também na época a utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas tornou-se cada vez mais comum nas grandes fazendas. Entretanto, a dependência agrícola de agrotóxicos mais potentes e uso indevido dos mesmos, tornou o milagre econômico proposto pela revolução tecnológica um desafio de saúde pública e ambiental. Em primeiro plano, os agrotóxicos não estão presentes apenas em alimentos in natura (como frutas e verduras) e sim em produtos industrializados e carnes. Em consequência da contaminação geral de alimentos dispostos a mesa da população consumidora pesquisas reveladas pela Fundação Oswaldo Cruz apontam que o uso indevido de substancias toxicas podem causar inúmeras doenças, entre elas o câncer. Dessa forma, o uso continuo dessas práticas agrícolas demonstram um Estado desestruturado ao combate a esses agentes nocivos Além disso, os herbicidas também afetam diretamente o meio ambiente. Quanto a essa questão, é notório que a pulverização de pesticidas contamina o ar da região impactando cidades vizinhas e a fauna e flora do local. Outrossim, a presença de produtos químicos no solo influencia na falta de microrganismos e podem contaminar aguas e lençóis freáticos. Desse modo, a dependência desses artifícios agrícolas traz malefícios para humanos e para natureza. É evidente, portanto, que há irregularidades na utilização de químicos na agricultura brasileira. Em vista disso, é importante que o Ministério da Agricultura influencie e beneficie no mercado interno o uso de produtos orgânicos, visto que, a produção em baixa escala impacta no custo desse produto. Soma-se a isso, o investimento do Estado em cursos de agroecologia para agricultores, com intuito de melhorar o manejo de agrotóxicos, além do incentivar o uso de biofertilizantes nas lavouras, a fim de que a população tenha sua saúde preservada.