No cenário Nacional, o uso de venenos agrícolas gera preocupação na sociedade em relação aos seus efeitos lesivos. Nesse contexto, é importante ressaltar o perigo que esses defensivos representam para a população, além dos danos ocasionados ao meio ambiente. Assim, urgem medidas que visem reverter esse panorama caótico. É perceptível que o uso em excesso de agrotóxicos caracteriza uma séria ameaça à saúde da população. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, cerca de 500 mil pessoas são contaminadas por ano por meio do contato direto com os defensivos ou pela ingestão de alimentos infectados. Diante disso, comprova-se o risco que esses venenos oferecem a sociedade, pois muitos dos seus componentes se relacionam com o desenvolvimento de câncer, má formações fetais, entre outros problemas. Outrossim, percebe-se que o uso de agrotóxicos contamina não só os alimentos, mas o meio ambiente como um todo. Pesquisas feitas pela Fundação Oswaldo Cruz demonstraram que 40% das amostras de água da chuva provenientes do estado do Maranhão continham venenos agrícolas. Isso comprova a ação lesiva desses produtos sobre a natureza, contaminando água, solos, plantas e, por consequência, toda a cadeia alimentar, inclusive a espécie humana. Vista a problemática envolvida com o uso de agrotóxicos, tornam-se necessárias medidas que revertam esse quadro. Cabe ao Ministério da Agricultura incentivar, por meio da destinação de verbas, o desenvolvimento de técnicas menos danosas para o controle de pragas, como o uso de predadores naturais, afim de evitar o uso de produtos químicos que ponham em risco a saúde da população. Ademais, cabe ao Estado exercer uma fiscalização mais rígida em relação a quantidade de defensivos nos alimentos e aumentar os impostos sobre esses produtos, visando desestimular o uso desses por parte dos agricultores.