O aumento na produção, nos impactos ambientais e da possibilidade de determinadas doenças. Assim se concebem alguns dos aspectos do uso intensivo dos agrotóxicos. Se, por um lado, a Constituição Federal de 1998 estabelece o direito de uma alimentação saudável e responsável aos cidadãos, por outro, a inclusão dos agrotóxicos nas plantações está contribuindo para a ingestão de substâncias nocivas, o que rompe com a isonomia da segurança alimentar. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas vertentes sobre essa questão: os avanços incompatíveis e os malefícios, ambos atrelados a utilização dos agrotóxicos no Brasil. O autor Thomas Malthus, por meio da observação da sociedade, chegou à conclusão de que em determinado momento, o número de pessoas aumentaria de forma multiplicativa e os alimentos de maneira somática. Porém, a teoria de Malthus não se comprovou, pois, nos anos de 1960, progrediu a Revolução Verde que promoveu avanços no maquinário e na utilização dos agrotóxicos, com o intuito de aumentar a produtividade dos alimentos. No entanto, o processo de potencialização de lucros disseminou impactos ambientais, como as perdas na biodiversidade e a poluição de águas, devido ao uso dos pesticidas. No mesmo viés, além dos malefícios relacionados ao meio ambiente, a sociedade e os pequenos produtores são prejudicados. Por meio da possibilidade de intoxicação pelo o contato aos defensivos agrícolas e o aumento nos casos de câncer, como é demonstrado no documentário “O mundo segundo a Monsanto”, que demonstra as atividades de uma empresa multinacional que coloca o lucro prioridade, no processo de fabricação de agrotóxicos, rompendo com o exercício dos Direitos Humanos. No Brasil, as funções exercidas por essas multinacionais são apoiadas pela bancada ruralista que tenta revocar o rigor do processo de autorização do uso de pesticidas. Em razão disso, é necessário que nas Universidades seja planejado nos cursos da área da saúde, como na graduação de nutrição, um projeto de extensão com pesquisas e de forma posterior a realização de palestras dinâmicas, semanalmente, nas escolas sobre os malefícios dos alimentos produzidos com a utilização de agrotóxicos. Além disso, os universitários também devem mostrar, por meio de vídeos, os benefícios de uma dieta mais segura com a inclusão de alimentos orgânicos, essa medida promove de forma gradual o pensamento mais preventivo aos perigos da alimentação insegura.