Título da redação:

O uso de agrotóxicos e seus riscos

Tema de redação: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 25/05/2018

“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” Hipócrates . Os agrotóxicos foram desenvolvidos no final do século XIX, sendo que o primeiro a ser utilizado foi o DDT (diclorodifeniltricloroetano), usado como arma química na Primeira Guerra Mundial e na segunda Segunda Guerra Mundial. Suas propriedades inseticidas contra vários tipos de artrópodes só foram descobertas no século XX pelo cientista alemão Paul Hermann Müller, que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta. Com o passar dos anos estudos foram feitos afirmando que o DDT e similares são cancerígenos a longo prazo. Rachel Carson, bióloga estadunidense, foi a primeira a protestar acerca do uso de pesticidas. Seu livro Primavera Silenciosa foi lançado em setembro de 1962, com relatos de como o solo, as plantas, os animais e os humanos podem ser afetados por produtos dessa natureza. Nesse sentido, a bióloga afirma que seu uso causa a morte de vários animais, a intoxicação do solo, a possível intoxicação dos trabalhadores rurais se o equipamento adequado não for usado e a longo prazo o desenvolvimento de câncer devido a acumulação do produto no organismo. Por conta da pressão popular e do protesto de cientistas, os chefes de Estado no mundo todo começaram a pressionar e regulamentar a produção de agrotóxicos. Muitas substâncias foram proibidas em alguns países, como o DDT nos Estados Unidos em 1970.No Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento há uma flexibilidade nas leis que regulamentam o uso de pesticidas, sendo que os maiores consumidores desses produtos são países emergentes. As empresas agrícolas e a bancada ruralista na Câmara Federal e no Senado afirmam que a importância dos pesticidas é essencial para a produção dos alimentos no Brasil. Por intermédio dos órgãos reguladores da indústria agrícola, como o ministério da agricultura é preciso que com o embasamento da pesquisa científica com foco no efeito dos pesticidas a regulamentação brasileira seja adequada a um modelo onde o dano ao meio ambiente e a população seja mínimo ou nulo. O financiamento de pesquisas e testes de agrotóxicos deve ser prioridade nas universidades e a sua realização deve ser incentivado pelo governo Executivo, sendo que o repasse de verbas na área é importante para um avanço ecológico da agricultura.