Em nossa sociedade atual, pouco se observa a importância que damos em relacionar ciência e sobrevivência. Na série Cosmos, apresentada pelo astrofísico Neil deGrasse Tysson, o cientista faz uma observação importante: se usarmos nosso conhecimento em prol de nossa sobrevivência, poderemos avançar muito na escala evolutiva. Contudo, temos enfrentado um problema em nosso país que acaba violando essa relação entre ciência e sobrevivência: um novo projeto visa a retirada do ministério da Saúde e do ministério do Meio Ambiente com o intuito de agilizar o processo de liberação de novos agrotóxicos. Não estamos usando o saber para nossa sobrevivência a partir do momento em que temos consciência de que o ar, em contato com o agrotóxico, pode resultar na intoxicação de diversos organismos vivos ao entrarem em contato com o mesmo. Além do mais, de acordo com o IBGE, a contaminação dos rios pelos agrotóxicos só perde para a contaminação do esgoto. A saída do ministério da saúde na decisão de quais produtos poderão ser usados em nosso país conta com diversos defensores que necessitam de novos agrotóxicos pelo fato do país ser um grande agroexportador. É perceptível que essa decisão é por fins econômicos já que se os produtos demoram para entrar no mercado de trabalho, também demoramos para comercializá-los. Portanto, medidas são necessárias para entornar o impasse. Logo, é fundamental ao menos a permanência do ministério da Saúde nestas decisões para que possamos defender possíveis ameaças na vida da população. Mesmo que esse ato cause demora na entrada dos agrotóxicos no mercado, uma população saudável com uma vasta biodiversidade traz mais recursos ao país do que uma rápida elaboração de agrotóxicos, correndo o risco de serem mal avaliados e serem liberados mesmo assim.