O uso de agrotóxicos nos alimentos tornou-se uma prática comum pela maioria dos trabalhadores rurais em função da grande oferta desses produtos no mercado. Mas, o uso elevado dos agrotóxicos nos últimos anos, tornando o Brasil um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, tem consequências médicas e ambientais desastrosas. Primeiramente, a falta de preparo para o manejo dos agrotóxicos sem qualquer fiscalização para controle do mesmo, facilita para que agricultores sem qualquer tipo de capacitação ou orientação inalem o agente químico por não utilizar equipamentos de proteção individual. Aliado a isso, a utilização do agrotóxico sem ter conhecimento sobre a dosagem correta a ser utilizada na plantação, eleva o risco de envenenamento. O Ministério da Saúde divulgou dados onde o número de casos de envenenamento por agrotóxicos aumentou 15% em todo território brasileiro em relação ao ano anterior. Consequentemente, a parcela de envenenamento por agrotóxicos no Brasil tende a aumentar, já que o uso incompetente dos agrotóxicos nas plantações, cresce anualmente. Ademais, os agrotóxicos atingem também o meio ambiente. Após ser pulverizado nas plantações, os agrotóxicos penetram no solo, tornando-o menos fértil, e com o auxílio da chuva e dos sistemas de irrigação, chega aos lençóis freáticos e rios. Dessa forma, contaminando a água próxima ao local. Uma pesquisa realizada mostra que aproximadamente 900.000 litros de agrotóxicos são pulverizados anualmente nas propriedades agrícolas do Brasil. Dessa forma, a fauna e a flora brasileira corre risco, tanto pelo impedimento à proliferação de plantas por conta da infertilidade do solo, quando pela morte de animais envenenados que habitam a região. Urge, portanto, a necessidade de uma política de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Palestras e minicursos para a capacitação do agricultor para a proteção e utilização dos agrotóxicos devem ser estimulados pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Agricultura para redução dos casos de envenenamento. Exibir campanhas publicitárias para estimular o plantio e comercialização de alimentos orgânicos para reduzir o consumo dos agrotóxicos a longo prazo, e a aplicação severa de leis para proteção e preservação do meio ambiente, caso algum agricultor esteja danificando a natureza pela má utilização do produto. Dessa forma as consequências causadas pelo uso dos agrotóxicos no Brasil serão reduzidas.