Título da redação:

De que realmente deve-se fugir?

Tema de redação: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 01/10/2015

O mar Mediterrâneo torna-se um verdadeiro cemitério a céu aberto. Utilizado desde os primórdios da civilização como principal rota comercial e de acesso das grandes navegações, atualmente é um cenário de horrores e desespero para os refugiados que navegam nele todos os dias como sua única fonte de esperança. Além do perigo nas águas que com navegações superlotadas e instáveis já dizimou milhares de fugitivos, essas pessoas podem acabar sofrendo ainda mais chegando em seu destino, vítimas de violência, abuso e desamparo. Alguns países, como Síria e Líbia que vêm ganhando um destaque na imprensa, vivem um clima de tensão devido às instabilidades políticas, guerras civis, revoltas e à violência do governo ao reagir contra os rebeldes. Sem condições de viver em segurança em meio aos conflitos, a população busca abrigo em outros países. Os principais alvos dessa migração são países mais acessíveis e distantes daquele cenário, como exemplo pode-se citar Alemanha, Itália, Grécia, Hungria, dentre outros. Mas essa intensa onda migratória não se restringe apenas a países europeus, chegando a atingir até países americanos, inclusive o Brasil. Apesar do claro sofrimento que aqueles refugiados passam, parte da população desses países não aceita que "sua casa" os acolha e lhes forneça cuidados - alimentação, abrigo, trabalho, saúde, educação e principalmente segurança. Os que antes esperavam recomeçar suas vidas em um lugar melhor, atualmente se encontram morando nas ruas, passando fome e, em muitos casos, vendendo drogas e até mesmo seu próprio corpo para sobreviver. A partir disso, precisamos tomar consciência da situação dessas pessoas desabrigadas e agir de maneira acolhedora. Todo e qualquer país que tenha a mínima, que seja, capacidade para receber os refugiados deve unir-se aos outros e juntos criarem mais políticas e projetos para recebê-los com uma estrutura mais adequada, cobrando a colaboração da sociedade. Esta que deve primeiramente aprender a ser empática, já que tem o papel principal nesse processo de adequação dos estrangeiros num novo país.