Embora aparente ser novidade, a jornada de crianças, jovens, adultos e idosos para longe da guerra e dos constantes conflitos com motivos tanto políticos quanto religiosos já se fazem presente em países do Oriente Médio e África há décadas. Atualmente, o número de pessoas forcadas a enfrentar a migração como forma de fuga por meio de travessias clandestinas pelo Mar Mediterrâneo superou o deslocamento de pessoas que ocorreu na Segunda Guerra Mundial, onde aproximadamente 730 mil pessoas almejam chegar até a Europa e serem abrigados, auxiliados e integrados socialmente. Porém, os impactos são significativos a respeito da realidade que os países os apresentam: refugiados enfrentam xenofobia, discriminação e marginalização pela população local, obrigando-se a entrar ilegalmente a terras estrangeiras já que países em desenvolvimento abrigam 86% dos refugiados, e países ricos apenas 14% deles. Isso acontece pois a maioria dos países receiam que a mistura de raças acarrete uma desordem na economia local e temem não haver mais infraestrutura pra tanta gente. Além de que, muitos morrem antes de cruzarem a fronteira devido as condições precárias das travessias lideradas por traficantes, que cobram por pessoa 10 mil a travessia As fronteiras estão cada vez mais estreitas e países da União Europeia se unem para traçar táticas militares para cobrir imigrações, “linhas de defesa” com muros e arames farpados que garantam uma diminuição na corrente de refugiados e reuniões para discutir a economia que está se agravando. Enquanto isso, refugiados continuam saindo do país em que nasceram, deixando para trás casa, amigos e familiares, levando consigo quase nada além de esperança.