A imagem de um menino de três anos morto numa praia na Turquia após o barco em que estava com a família ter naufragado na tentativa de chegar à Grécia chocou o mundo e chamou atenção a crise de refugiados e imigrantes na Europa. Como forma de fugir das consequências geradas por guerras de cunho religioso e político, povos de regiões da África e Oriente Médio como Egito, Congo, Nigéria e Síria, tem se arriscado na travessia das fronteiras. Para alcançar o continente europeu muitos deslocam-se em alto mar dentro de embarcações precárias e superlotadas, culminando assim em inúmeras mortes antes mesmo de se chegar em terra firme. Por sua vez, aqueles que conseguem alcançar as fronteiras europeias se deparam com inúmeras barreiras a sua estadia como a dificuldade de se obter vistos. Ademais o comportamento xenofóbico de grande parte da sociedade européia faz com que países como Hungria, Polônia e República Checa se recusem a aceitar refugiados, alegando não querer prejuízos econômicos e nem a miscigenação de sua população e tradições. Já os países que aceitam esses imigrantes não podem dizer que eles são exatamente bem vindos visto que também sofrem com a resistência de alguns a essa migração. Aliado a isso está o descaso das autoridades, que acomodam essas pessoas em acampamentos abarrotados com condições inóspitas, sem higiene e alimentação adequada levando muitos a adoecerem. Faz-se necessário, portanto, a mobilização da Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com a União Européia (UE) a fim de planejar a melhor forma de receber esses refugiados reservando moradias adequadas, empregos para que possam se manter além do acesso a educação. A conscientização da população através de campanhas e palestras quanto à importância do acolhimento dessas pessoas é de suma importância, sobretudo a países que insistem em não aceitar esses imigrantes em seu território.