Em 2011, com a finalidade de deter o poder do ditador Bashar al-Assad, começou a ocorrer na Síria manifestações pró democracia. Os protestos foram duramente reprimidos, o que levou a formação do Exército Livre da Síria (ELS). Após 4 anos a guerra permanece, o que fez a ONU (Organização das Nações Unidas) considerar a guerra civil da Síria como a maior tragédia humanitária. Devido as tensões geradas pela guerra, grande parte da população síria viu-se forçada a deixar seu país. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de refugiados sírios chega à mais de 4 milhões. Os refugiados dirigem-se principalmente a Turquia, Líbano, Jordânia e Europa. Para que o povo sírio chegue ao continente Europeu é feita a travessia pelo Mar Mediterrâneo, seja usando botes ou através de embarcações com altas lotações. O grande problema é que, além da viagem ter um alto valor financeiro, diversas embarcações com imigrantes afundam ou viram, como no caso do menino sírio que teve o corpo localizado na beira da praia. Existem também aqueles que conseguem realizar a travessia, porém são mandados de volta para seu local de origem, por não conseguirem provar seu estado de refugiado. Em entrevista à BBC Brasil (Corporação Britânica de Radiodifusão), Agid Sulliman, imigrante sírio, reporta casos de xenofobia (temor e/ou antipatia). Ele reside na Alemanha e informa que em frente ao abrigo onde se encontra, centenas de pessoas participaram de protestos contra o abrigo em questão. A ACNUR, em conjunto com os países pertencentes a ONU, deve angariar dinheiro para auxiliar na fuga dos sírios, visto que há grande valor econômico envolvido para que o transporte ocorra. Para evitar que refugiados tenham sua estadia negada, o prazo para comprovação de estado de refugiado deve ser extenso e em caso de falta de meios para comprovação, deve haver ao menos o visto temporário. Além disso, os países que recebem refugiados devem conscientizar sua população, através de campanhas em redes midiáticas, sobre a necessidade de abrigo daquele povo, para que haja redução de casos xenofóbicos.