O avanço social da espécie humana tem sido definido a partir de inúmeros fatores. Dentre esses fatores, assinala-se seu caráter altruísta, caracterizado a partir do anseio que os indivíduos têm de ajudar uns aos outros. Contudo, acontecimentos recentes mostram que muitas nações e seus respectivos habitantes hesitam ou, até mesmo, recusam-se em ceder asilo a refugiados. Dessa forma, assinala-se a necessidade de discussões acerca da ética da sociedade contemporânea e do tratamento dado aos refugiados. Na obra “Tópicos”, o filósofo Aristóteles aponta a comparação como método requerido para o alcance da verdade. Assim, assinalado o caráter progressivo do fornecimento de asilo aos refugiados na antiguidade, a aplicação dessa prática na era contemporânea constitui avanço social e humanitário. Outro fator a ser evidenciado é o caráter cultural. Nesse âmbito, o enriquecimento de uma cultura a partir do contato com indivíduos de outras nações, como os refugiados, é benéfico. Os estrangeiros, assim, forneceriam novas técnicas de desenvolvimento social, além de inovações artísticas. Isso é exemplificado a partir do período helenístico da Grécia, quando a cultura do país enriquecida com a cultura oriental estabeleceu um avanço considerável na sociedade grega. Por outro lado, parte da sociedade desconhece a condição social dos refugiados, e afirma que eles têm como objetivo a prática criminosa, como o terrorismo, por exemplo. Em contrapartida, o refugiado é um indivíduo que busca abrigo em outros países, de forma a visar à fuga de perseguições. A falta de conhecimento, portanto, nega ações humanitárias a esses indivíduos. A proteção de refugiados, portanto, tem demonstrado pontos benéficos. Muitos indivíduos de determinados países, entretanto, insistem em negar asilo. Dessa forma, a divulgação da realidade desses países pela mídia, como em debates e documentários televisivos, por exemplo, deve ser efetuada. Além disso, a difusão de culturas divergentes e o ensino do respeito a estrangeiros devem ser promovidos pelas instituições de ensino. Essa prática pode ser aplicada a partir do ensino básico nas escolas e de palestras voltadas aos jovens e seus pais. Medidas de resultado imediato, também, devem ser tomadas. Dentre elas, assinala-se a atuação de agências que promovem a proteção dos refugiados, além do devido apoio do Estado. Assim, o combate à xenofobia será assegurado, de forma a praticar o caráter altruísta do ser humano presente desde os tempos mais remotos.